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Paranoia, Tecnologia Secreta e conspiração: O incidente Cybertruck

O Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas (LVMPD) divulgou seu relatório oficial sobre a explosão de um caminhão Tesla Cybertruck em 1º de janeiro de 2025, em frente ao Trump International Hotel. O documento, de 78 páginas e publicado em 3 de novembro de 2025, descreve o ataque, a ampla resposta das autoridades e uma intervenção federal que culminou na classificação do manifesto do suspeito pelo Departamento de Defesa.

De acordo com o relatório, o soldado Matthew Livelsberger, das Forças Especiais do Exército, alugou o Cybertruck e, por volta das 8h40, dirigiu-o deliberadamente contra a entrada do hotel e o detonou. A explosão, causada por um dispositivo explosivo improvisado, matou Livelsberger e feriu seis outras pessoas.


Cybertruck incidente
Foto: The Black Vault

Entre os destroços do veículo, os investigadores encontraram armas, munição, recipientes de combustível, fogos de artifício e dispositivos eletrônicos. A análise forense digital extraiu desses equipamentos o histórico de conversas, buscas na internet, notas criptografadas e um manifesto. Essas evidências confirmaram que o suspeito agiu sozinho, mas o conteúdo levou o Departamento de Defesa a classificar o manifesto em 9 de janeiro de 2025, assumindo o controle total do caso sob a alegação de segurança nacional e encerrando a investigação local.


Soldado Matthew Livelsberger, das Forças Especiais do Exército
O soldado Matthew Livelsberger, das Forças Especiais do Exército.

O Conteúdo do Suposto Manifesto

Um suposto manifesto ligado a Livelsberger foi divulgado pelo podcaster Shawn Ryan. Nele, o soldado teria enviado um longo e-mail a um oficial de inteligência aposentado, alegando conhecimento sobre programas secretos do governo, tecnologia de drones classificada e supostos crimes de guerra no Afeganistão. Livelsberger também descreveu o que acreditava serem aeronaves de "propulsão gravitacional" operadas por EUA e China, capazes de pairar sobre alvos sem serem detectadas. Ele ainda afirmou sentir-se perseguido por agências de inteligência.

A autenticidade do documento não foi confirmada pelas autoridades. No entanto, a semelhança com o material classificado alimenta especulações de que as alegações de Livelsberger podem ter tocado em informações sensíveis, justificando a rápida ação federal para suprimir sua divulgação.

A Investigação e a Sequência de Eventos

A investigação apurou que Livelsberger alugou o veículo em 28 de dezembro de 2024. Câmeras de vigilância o mostraram despejando um acelerante na caçamba do caminhão pouco antes do ataque. As câmeras internas do Cybertruck haviam sido desativadas manualmente antes da detonação.

Buscas às suas residências no Colorado e na Alemanha, realizadas com ajuda do Exército, revelaram problemas conjugais e comportamentais. Sua esposa relatou comunicação errática e isolamento financeiro. Investigadores também constataram que Livelsberger adquiriu armas, fogos de artifício e outros materiais nos dias que antecederam o atentado.

Cybertruck incident manifest
Detalhe do Manifesto enviado por Mathew, na qual ele menciona sobre tecnologias de propulsão gravitacional e crimes de guerra.

Resposta e Conclusões

A resposta ao ataque envolveu uma coordenação eficiente entre polícia, bombeiros e o FBI. A cena foi analisada com drones e monitoramento do ar para garantir a segurança. O relatório do LVMPD ainda fez recomendações internas, como treinamento para lidar com baterias de veículos elétricos e a melhoria dos protocolos de comunicação entre agências.

O LVMPD foi instruído a suspender divulgações públicas após a intervenção federal. O xerife Kevin McMahill afirmou que, apesar da pressão da mídia para classificar o ato como terrorismo, a polícia manteve uma abordagem metódica e imparcial, baseada apenas em evidências.


Abaixo o relatório original em inglês divulgado pela Policia de LA:




O incidente ocorreu horas após um ataque terrorista em Nova Orleans que matou 14 pessoas. Não foi encontrada ligação entre os dois eventos, mas o momento aumentou as preocupações com a segurança nacional.

O relatório conclui que Livelsberger agiu sozinho, mas não explica o que especificamente no seu manifesto justificou a classificação pelo Departamento de Defesa. Com a transferência do caso para o governo federal, permanecem as dúvidas sobre o conteúdo do documento e as reais motivações por trás da intervenção militar.

 
 
 

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